A Taça voltou para a Tapada
Agronomia bate Direito por 15-9 e conquista a Taça de Portugal pela 11.ª vez
A Agronomia é o vencedor da 61.ª Taça de Portugal Santander ao derrotar o Direito por 15-9, no Estádio Universitário de Lisboa. As duas equipas foram para o intervalo empatados (6-6), duas penalidades concretizadas pelos pés de Manuel Vareiro (Direito) e João Lima, capitão da Agronomia.
Os agrónomos, equipa dos quatro pares de irmãos: Rebelo Andrade, Cortes, Cabral e Câmara, conquistam o 11.º troféu do seu historial e distanciam-se na liderança como clube com mais taças no panorama nacional, deixando o adversário, Direito, Benfica e CDUL, todos com nove, a duas de distância.
Debaixo de elevada temperatura, no vulcão do campo sintético batizado Engenheiro Vasco Pinto Magalhães, um dos pais do râguebi nacional, o Direito não soube aproveitar a superioridade numérica em duas ocasiões - o neozelandês Xavier McCorkindale, 15’ e António Rebelo de Andrade, 52’ -, o que equivale a dizer 20 minutos, marcou três pontos e sofreu outros três, com mais um jogador.
Num encontro com muitos erros de ambas as partes, e alguma indisciplina, seriam as penalidades a decidir a contenda, numa partida sem qualquer ensaio nos 80 m.
E aí, o XV liderado por Kane Hancy, com uma dupla de chutadores: João Lima (6 pontos em duas penalidades) e Domingos Cabral (9 pts, em quatro pontapé aos postes, tendo falhado um), acabou por ser o mais eficaz. Ao invés, Manuel Vareiro, quando os advogados jogavam com mais um em campo, falhou duas penalidades (53’ e 54’) num momento em que o marcador registava 9-9.
É um regresso da tábua de madeira à Tapada seis anos depois, venceu na temporada 2016/2017, e que acontece no sexto embate entre as duas equipas na final da segunda mais importante prova do râguebi português, registando-se quatro triunfos dos advogados e dois dos agrónomos.
Os verdes e brancos vingam assim o desaire sofrido em 2015/2016, época da última vitória do Direito na competição quando bateu a Agronomia por 30-12.
«Foi um daqueles jogos...»
«Foi um daqueles jogos. A cada chance tentámos obter pontos. Tivemos muitos amarelos durante a época e treinámos jogar em inferioridade», afirmou a A BOLA Kane Hancy, treinador neozelandês da Agronomia, destacando a «grande época» dos agrónomos.
Ponto igualmente destacado pelo lobo, José Lima. «Disse esta semana à equipa, mais importante que ganhar títulos, que é o ponto máximo, é a evolução da Agronomia esta época. Temos muitos miúdos a chegar aos seniores, os sub-18 foram campeões e isso é o mais importante», relembrando ter sido duro «trabalhar para uma final da Taça depois de perder a final do campeonato».
