ANTEVISÃO Al Hilal-Al Nassr: o último assalto em busca da Taça do Rei

Jorge Jesus e Rúben Neves contra Luís Castro, Cristiano Ronaldo e Otávio: em jogo a discussão da Taça do Rei saudita no sexto duelo nesta época

A presente temporada da Liga Saudita está prestes a chegar ao fim, mas não sem antes ser disputado o último troféu da época. Na sexta-feira, joga-se a final da Taça do Rei da Arábia Saudita, uma partida que, além de valer um troféu, marca o sexto e último assalto no duelo entre Al Hilal e Al Nassr.

Sob as ordens de Jorge Jesus, o Al Hilal vai disputar o seu terceiro troféu a nível interno na presente época. Na antevisão da 30.ª final da sua carreira, o treinador português foi claro no seu desejo: «Já conquistamos dois e queremos o terceiro.» De facto, dois troféus internos já estão no museu do Al Hilal, sendo eles a Supertaça Saudita e o Campeonato Saudita, que o conjunto de Jorge Jesus venceu de forma invicta.

Assim, falta apenas a Taça do Rei para fazer o pleno a nível interno. O Al Hilal é o atual detentor do troféu (que já venceu 9 vezes) e, sob as ordens de Jorge Jesus, vai disputar pela terceira vez consecutiva a final da prova.

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Desta forma, não será, certamente, exagero assumir o favoritismo do Al Hilal para esta partida, algo que Jorge Jesus não nega: «respeitamos muito o Nassr, mas no passado fomos melhores, ganhamos quase sempre e amanhã [sexta-feira] queremos voltar a ganhar. Não temos o Sergej [Savic, suspenso devido ao cartão vermelho que viu na semi-final], peça importante, mas jogará outro no qual deposito toda a confiança.»

Como Jorge Jesus constatou, o histórico de duelos entre ambas as equipas na presente época dá clara vantagem ao Al Hilal em relação ao Al Nassr. Em 5 partidas contra o conjunto de Luís Castro, o rolo compressor orientado por Jorge Jesus venceu três vezes. O último duelo entre ambos, este na Liga Saudita, a 17 de maio, terminou com um empate a uma bola. Para termos a última derrota do Al Hilal frente ao Al Nassr, é preciso recuar ainda mais, até 12 de agosto de 2023, quando Cristiano Ronaldo 'bisou' e confirmou a derrota de Jorge Jesus na final da Liga dos Campeões Árabes.

Desta forma, ainda que mantenha o desejo de levar para casa o troféu, Jorge Jesus desvalorizou qualquer resultado menos positivo que possa surgir nesta partida: «se ganharmos não saímos mais valorizados e se perdermos não saímos mais desvalorizados face à grande época que fizemos.»

Apesar do, já mencionado, histórico pouco favorável do Al Nassr, o conjunto de Luís Castro já mostrou que não é de deitar a toalha ao chão, ainda que o treinador português reconheça o bom trabalho desempenhado pelo adversário: «a vitória do Al Hilal [do campeonato] é sinal de trabalho honesto e dedicado, fez um bom caminho, mas isso não é sinónimo que o segundo classificado [Al Nassr] também não o tivesse feito.».

À quinta tentativa, poderá finalmente ser de vez que a equipa de Cristiano Ronaldo vence o Al Hilal nesta época. O conjunto de Jorge Jesus tem sido um verdadeiro carrasco para o Al Nassr nesta temporada, tendo já afastado os Cavaleiros de Najd da Supertaça Saudita e, ainda, da corrida pelo campeonato. O lugar de Luís Castro ao leme do Al Nassr já começa mesmo a ser contestado, ainda que o português desvalorize: «se a administração e os adeptos entenderem que não estou a fazer um bom trabalho e que a equipa pode dar mais, quem sou eu para dizer o contrário.»

«Tudo o que fizemos até hoje fizemos de forma dedicada. Sofremos muitos golos, tivemos probelmas no moemnto defensivo, gostaríamos de ter o Laporte e o Talisca para jogo, mas não me vou focar nesse assunto. Muitas vezes as pessoas ligam sucesso ao primeiro lugar e a ganhar troféus, mas, muitas vezes, os treinadores vão embora dos clubes e os problemas continuam lá.» afirmou Luís Castro na sua conferência de imprensa.

Contudo, uma competição diferente pede uma mudança de chip e os comandados de Luís Castro jogam uma oportunidade decisiva para voltar a meter as mãos num troféu que há tanto lhes foge. A equipa de Cristiano Ronaldo não vence a Taça do Rei desde 1990, numa altura em que ainda nem se chamava Taça do Rei e sim Taça do Guardião das Duas Mesquitas Sagradas. Nessa altura, o Al Nassr tinha seis títulos conquistados e por aí ficou.

Não faltaram oportunidades ao Al Nassr para voltar a conquistar a Taça do Rei. Desde a mudança de nome, o clube já disputou três finais (2012, 2015 e 2016) e perdeu todas. Esta será a quarta final e, possivelmente, o maior diferencial entre essas finais e a de sexta-feira pode ter um nome: Cristiano Ronaldo.

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O internacional português continua a somar recordes. Este mês, tornou-se no maior goleador de uma única edição da Liga Saudita e, ainda, no primeiro jogador a ser o melhor marcador de quatro campeonatos diferentes (Liga Saudita, Premier League, La Liga e Serie A). Foi também com um 'bis' do português que o Al Nassr chegou a esta final e, por esse motivo, pode estar em Cristiano Ronaldo a arma que faltou ao Al Nassr para voltar a meter as mãos na Taça do Rei.

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