Boxe ‘Combate do ano’: título mundial unificado de pesados a 29 de abril em Wembley

Depois de as autoridades da Arábia Saudita não garantirem o final das obras de construção do recinto que estava a ser erguido propositadamente para o efeito em Djeddah, o combate para unificar entre as quatro confederações do pugilismo o título mundial de pesos pesados entre o detentor do título da confederação do World Boxing Council (WBC), o inglês Tyson Fury, e o ucraniano Oleksandr Usyk – que ostenta o título mas nas confederações da World Boxing Organisation (WBO), World Boxing Association (WBA) e International Boxing Federation (IBF) irá agora realizar-se a 29 de abril no Estádio de Wembley, em Londres… e com 94 mil bilhetes para vender aos fãs que quiserem ver ao vivo, nas bancadas do mítico recinto londrino.

Fury, de 33 anos, ‘The Gipsy King’ (‘o rei cigano’), gigante de 2,06 metros e 116 quilogramas de peso, ainda invicto na carreira – 33 vitórias e um empate em 34 combates, tendo defendido o seu título em duas ocasiões com êxito em Londres em 2022, primeiro em Wembley, em abril, e depois no estádio do Tottenham, em dezembro, será a terceira vez que coloca o título e o ‘cinto’ em jogo – terá pela frente o ‘colosso’ ucraniano Usyk, ‘The Cat’ (‘o gato’) de 36 anos, 1,91 metros e 91 quilogramas… também ainda invicto em 20 combates, com outras tantas vitórias no ringue!

O empurrão decisivo nas negociações e organização do evento foi dado por George Warren, promotor de Fury, que se deslocou a Riade para confrontar os sauditas pelos atrasos: foi em Djeddah que Usyk colocou, também, o seu título planetário de pesos pesados das três outras confederações em jogo a 20 agosto de 2022, batendo o inglês Anthony Joshua.

Nada agradado pelos reduzidos avanços da empreitada, Warren de imediato vaticinou que a conclusão do recinto não estará concluída a tempo de 29 de abril, e, ato contínuo… reservou Wembley, adiantou já esta segunda-feira em França o L’Équipe.

A 23 de abril de 2022, Tyson Fury manteve o seu título perante 94 mil em Wembley, derrotando o compatriota Dillian Whyte, mas a oferta monetária da Arábia Saudita suplantava a britânica, motivo que levou a aceitar combater no país do Médio Oriente.

As quatro confederações mundiais do boxe exigiam de há muito o ‘combate dos invictos’ pelo título mundial unificado da categoria de pesos pesados, e Tyson Fury derrotou, por duas vezes, o desafiante (‘challenger’) norte-americano Deontay Wilder (que bateu Andy Ruiz) para espicaçar as expetativas para o que é anunciado como ‘combate do ano’; já Usyk, bateu o inglês Daniel Dubois, também no ‘warm up’, ou antecâmara do duelo mais ansiado.

Os promotores já trataram de tudo… mas falta ‘pormenor’ de os pugilistas, que de há muito anseiam defrontar-se no ringue, darem o acordo formal para um combate de 12 assaltos de três minutos cada um que já capta a atenção do Mundo em Wembley e promete bilhetes a preços exorbitantes.

Veja a expetativa que o 'duelo dos invictos' já cria no 'tweet' partilhado: